domingo, 12 de dezembro de 2010

Estilos Artísticos - Dadaísmo

Marcel Duchamp
Marcel Duchamp - "L.O.O.H.Q."

Marcel Duchamp, pintor, poeta, experimentador visual (filmes), escultor e jogador de xadrez, nasceu no dia 28 de Julho de 1887, em Blainville, perto Rouen, França.
Em 1911, com 24 anos, juntou-se à “Secção Dourada” (clube de pintores), onde conheceu Picabia, Metzinger, entre outros.
Reinterpretou o cubismo à sua maneira, o que pode ser visto em “The Chess players”, nos seus estudos para o seu “Nudes descending a Staircase" e “The Coffe-Mill”.
O experimentação e a provocação levaram-no a adoptar ideias radicais como os seus peculiares ready-mades e as intervenções. Os ready-mades são, sem mais nem menos, objectos banais do quotidiano que Duchamp escolhia aleatoriamente e os elevava ao estatuto de obra de arte, assinando-os, intitulando-os e colocando-os num pedestal, como por exemplo, “A fonte” (um urinol assinado com o nome “R. Mutt”). As interferências consistiu em interferir numa obra de arte, como é o caso de “L.H.O.O.Q.” (uma reprodução da Mona Lisa de Leonardo DaVinci, na qual Duchamp pintou uns bigodes.) Tento os ready-mades como as interferências tinham como objectivo demonstrar o desprezo que Duchamp tinha pela arte e valores tradicionais.
Durante a sua vida esteve na origem de projectos como as publicações “The Blind Man”, “Rongwrong”, “VVV”, pintou diversos imagens tanto em tela como em vidro e fundou, juntamente com Katherina Dreier, a “Société Anonyme” (Sociedade Anónima).
Duchamp faleceu em 1968, deixando um legado artístico que abriu caminho a novas correntes artísticas assim como influências fortes em diversos artistas.



Artista francês, Marcel Duchamp nasceu em Blainville, França, a 28 de julho de 1887, e morreu em Nova York, EUA, em 2 de outubro de 1968. Irmão do pintor Jacques Villon (Gastón Duchamp) e do escultor Raymond Duchamp-Villon. Frequentou em Paris a Academie Julian, onde pinta quadros impressionistas, segundo ele, "só para ver como eles faziam isso".

Em 1911-1912 suas obras "O rei e a rainha cercados de nus" e "Nu descendo uma escada" estão na confluência entre o Cubismo e o Futurismo. São quadros simultaneistas, análises do espaço e do movimento. Mas já se destacam pelos títulos, que Duchamp pretende incorporar ao espaço mental da obra.

Entre 1913-1915 elabora os "ready-made", isto é, objetos encontrados já prontos, às vezes acrescentando detalhes, outras vezes atribuindo-lhes títulos arbitrários. O caso mais célebre é o de "Fonte", urinol de louça enviado a uma exposição em Nova York e recusado pelo comitê de seleção. Os títulos são sugestivos ou irônicos, como "Um ruído secreto" ou "Farmácia". Detalhe acrescentado em um "ready-made" célebre: uma reprodução da Gioconda, de Leonardo da Vinci, com barbicha e bigodes.

Segundo o crítico e historiador de arte Giulio Carlo Argan, os "'ready-mades' podem ser lidos como gesto gratuito, como ato de protesto dessacralizante contra o conceito 'sacro' da 'obra de arte', mas também como vontade de aceitar na esfera da arte qualquer objeto 'finito', desde que seja designado como 'arte' pelo artista".

Esses "ready-mades" escondem, na verdade, uma crítica agressiva contra a noção comum de obra de arte. Com os títulos literários, Duchamp rebelou-se contra a "arte da retina", cujos significados eram só, segundo ele, impressões visuais. Duchamp declarou preferir ser influenciado pelos escritores (Mallarmé, Laforgue, Raymond Roussel) - e não pretendia criar objetos belos ou interessantes. A crítica da obra de arte se estendia à antítese bom gosto-mau gosto.

Entre 1915 e 1923 o artista dedicou-se à sua obra principal, "O grande vidro", pintura a óleo sobre uma placa de vidro duplo dividido em duas secções. A parte superior chamou de "A noiva desnudada pelos seus celibatários, mesmo"; e a inferior, "Moinho de chocolate". Toda a obra é um pseudomaquinismo: a "noiva" é um aparato mecânico, assim como os "celibatários". Contendo vários níveis de significação, várias hipóteses foram formuladas pela crítica para descobrir o sentido de sua complicada mitologia.

Para Giulio Carlo Argan, "O grande vidro" foi desenvolvido "em torno de significados erótico-místicos, joga com a transparência do espaço, com o significado alquímico e simbólico, com o conceito de 'andrógino', inato em todos os indivíduos".

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